Na semana em que Carolina Maria de Jesus faria 110 anos, Dee Mercês e Ronaldo Agrestino participam de dois encontros formativos realizados pelo Giras Amefricanas, subprojeto do Ler-se Negra: grupo de estudos e leituras das escritas de mulheres negras, e pelo Programa de Pós-graduação em Estudos Literários, respectivamente, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
O primeiro encontro aconteceu no dia 12 de março e foi conduzido pela Profª Drª Verônica de Souza Santos Flôr do Instituto Federal da Bahia (IFBA) de Porto Seguro–BA.
Na oportunidade, a professora apresentou sua impressionante tese de doutorado em filologia sobre o “Quarto de Despejo: diário de uma favelada” de Carolina Maria de Jesus, realizada na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
O momento foi de abertura de caminhos do subprojeto “Giras Amefricanas”, coordenado por Juciane Reis, professora, mestra e poeta publicada na edição atual da Revista Geração de 20.
O evento aconteceu na sala do Núcleo de Leitura e Multimeios, onde tivemos a grata surpresa de ver a nossa 5ª edição destacada ao lado das obras "Poesia Livre 2023" e "O Verbo".
No dia 14, data em que se comemora o nascimento da escritora, Dee e Agrestino participaram de uma atividade do Grupo de Estudos e Pesquisas em Poéticas Orais durante a aula inaugural do semestre letivo 2024.1 do Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da UEFS, ministrada pela renomada professora doutora Raffaella Fernadez, uma autoridade destacada nos estudos e pesquisas sobre a biobibliografia da imortal Carolina Maria de Jesus.
Neste dia, que também celebra o nascimento do poeta Castro Alves e o Dia Internacional da Poesia, prestamos homenagem a essa mulher multifacetada: mãe, escritora, visionária, cujo legado é inestimável.
Nesta ocasião especial, relembramos a importância e a herança deixada por essa figura marcante em nossa literatura. Carolina de Jesus, com sua escrita poderosa e autêntica, revisitou realidades que muitos preferiam ignorar. Sua obra continua a inspirar e impactar gerações, revelando a força e a resistência presentes nas histórias dos invisíveis.
Ao participar das atividades do Grupo de Estudos e Pesquisas em Poéticas Orais, Dee Mercês e Ronaldo Agrestino se juntam a outros interessados em desvendar os segredos e a profundidade das palavras de Carolina.
Neste momento, inserido em uma semana produtiva dedicada a essa temática, obtemos uma visão abrangente da vastidão e complexidade do universo caroliniano, repleto de nuances. Como mencionado pela professora Raffaella, “Carolina revolucionou os espaços por onde passou” e continua a revolucionar.
Que este momento de celebração e reflexão nos inspire a valorizar cada vez mais a diversidade de vozes e a reconhecer a importância de figuras como Carolina Maria de Jesus, que, com coragem e determinação, mudaram para sempre nossa percepção do mundo ao nosso redor. Que sua luz continue a brilhar, iluminando os caminhos daqueles que buscam a verdade e a justiça.
Salve ela, a vedete da favela!
Salve Carolina Maria de Jesus!