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Editorial

Estimada pessoa leitora, é com satisfação que compartilhamos o crescente entusiasmo em continuar promovendo e difundindo a poesia de poetas independentes na década de 2020, culminando no volume 4, número 1, ou 7ª edição, da Revista Geração de 20.

 

Fazemos saber que havíamos encaminhado a referida revista à Lei Paulo Gustavo por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer de Feira de Santana. Mas, infelizmente, nosso projeto não foi avaliado devido a uma interpretação equivocada por parte dos representantes desse órgão, que classificaram erroneamente "estagiários" como "funcionários públicos", desrespeitando, assim, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e a "Lei do Estagiário" 11.788/2008.

 

Tínhamos a intenção de publicar esta edição como uma homenagem à riqueza poética presente em nossa cidade, que tem expandido consideravelmente seus limites, com novos bairros, ruas e avenidas surgindo constantemente. Contudo, ainda enfrentamos obstáculos que nos mantêm ligados ao passado, uma realidade perceptível por muitos, sobretudo pelos participantes do cenário cultural local.

 

Mesmo privadas do apoio financeiro devido, permanecemos fiéis ao nosso propósito, mantendo nossa abordagem independente e colaborativa, como tem sido nossa prática até o momento.

Dada a impossibilidade de lançar um edital de inscrições devido às restrições temporais, optamos por divulgar as aldravias e feiremas escritas pelo público que participou das oficinas realizadas em 2023 e 2024.

 

No primeiro semestre de 2023, nós fomos convidadas a participar de dois eventos artísticos significativos em Feira de Santana: a OCUPAÇÃO DO MAC e a mostra coletiva de arte CONEXÃO. Nestes eventos, contribuímos por meio da realização de oficinas gratuitas de escrita aldravista, envolvendo o público na expressão artística literária.

 

Durante a Oficina de Aldravia com o Movimento Poético Geração de 20, além de introduzir o conceito desta forma poética genuinamente brasileira e as diretrizes para sua composição, incentivamos os participantes, ao término de cada sessão, a criar uma aldravia sobre um tema de sua escolha.

 

Inspiradas por esta forma poética criada por filósofos, professores universitários, escritores e artistas plásticos mineiros no início de 2000, nós criamos o feirema: um poema contemporâneo de forma fixa, composto por um título univocabular e dois versos, que formam uma única estrofe.

 

No que tange às regras para composição do feirema, no primeiro verso deve conter 7 palavras e no segundo verso 5 palavras. O título é indispensável, pois é a síntese do poema.

Na condição de uma forma poética pequena, a escrita do feirema deve ser feita em minúsculas, caracterizando-se como um poema minimalista. A pontuação é opcional.

 

Ele se apresenta como uma nova forma poética que o Movimento Poético Geração de 20 propõe aos poetas da Bahia e do Brasil.

 

Surge em Feira de Santana e não se restringe a ela, pois sua abordagem temática deve girar em torno do “pertencimento” a algo ou algum lugar, grupo, comunidade e afins.

 

Para escrever um feirema, sugere-se que o poeta visite suas memórias da infância, juventude e/ou vivências diárias nos espaços urbanos, ou rurais.

 

Devido ao grande sucesso dessa inovação literária, nós fomos convidados a levar essa nova forma poética aos espaços já conhecidos, como o Museu de Arte Contemporânea (MAC) e o Museu Regional de Arte (MRA), e também a novos espaços como a Feira Literária do Poeta (FLIPO), realizada no município de Castro Alves–BA.

 

Convidamos você a embarcar nesta edição que reúne as produções poéticas resultantes das oficinas que realizamos nesses espaços culturais.

 

Boa leitura!

Equipe editorial.

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