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Feirema

O feirema é um poema contemporâneo de forma fixa, composto por um título univocabular e dois versos, que formam uma única estrofe.

 

No primeiro verso deve conter 7 palavras e no segundo verso 5 palavras. O título é indispensável, pois é a síntese do poema.

 

Na condição de uma forma poética pequena, sua escrita é feita em minúsculas, caracterizando-se como um poema minimalista.

 

A pontuação é optativa.

Ele se apresenta como uma nova forma poética que o Movimento Poético Geração de 20 propõe aos poetas da Bahia e do Brasil.

Surge em Feira de Santana e não se restringe a ela, pois sua abordagem temática deve girar em torno do “pertencimento” a algo ou algum lugar, grupo, comunidade e afins.

 

Para escrever um feirema, sugere-se que o poeta visite suas memórias da infância, juventude e/ ou vivências diárias nos espaços urbanos, ou rurais.

Feirema - Um poema diFeirenseado

A capa para divulgação do feirema foi criada pelo artista visual Ronaldo Agrestino, que ilustrou quatro monumentos representativos do seu lugar de origem.

 

A palavra "diFeirenseado" foi cunhada pelo artista e produtor cultura feirense Uyatã Rayra e tem ganhado adesão no vocabulário local. O seu primeiro registro nas redes sociais data de 26 de janeiro de 2018. Embora não tenha relação direta com a criação do feirema, é utilizada para conceituá-lo como um poema genuinamente feirense.

Oficinas de Feirema

Primeira oficina de Feirema na Ocupação II do Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana

Primeira oficina de feirema, realizada no Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Feira de Santana–BA.

Segunda oficina de Feirema na Feira Literária do Poeta (FLIPO) em Castro Alves, Bahia.

Segunda oficina de feirema, realizada na Feira Literária do Poeta (FLIPO), em Castro Alves–BA.

Terceira oficina de Feirema no Domingo Tem Museu do Museu Regional de Arte de Feira de Santana

Terceira oficina de feirema, realizada no Museu Regional de Arte (MRA), em Feira de Santana–BA.

6 FEIREMAS DE DEE MERCÊS

devaneio

 

a madrugada gelada na Princesa do Sertão

imaginação fluindo apontando o novo

criação

 

a cidade me inspira a criar sempre

aqui meu coração pulsa amor

axé

 

ritmo que embala meus dias de verão

força motriz compassa meu coração

carnaval I

 

terça-feira e ainda é carnaval na Bahia

o ano-novo algum dia começará

carnaval II

 

meio-dia da quarta-feira de cinzas na Bahia

fogos de artifícios no arrastão

carnaval III

 

o final da odisseia terrestre na Bahia

marca o início do ano-novo

Primeiro grupo de poetas feiremistas na oficina de feirema realizada no Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana (MAC)

3 FEIREMAS DE RONALDO AGRESTINO

resistir

 

solo fértil das lutas de eras outrora

passos dados a pés descalços

novidade

 

poética nova que estremece e movimenta criação 
é feirema surgido na Feira de Sant'Ana

caminhos

cidadela da confluência de todas as gentes
cento e dezesseis é nordeste

3 FEIREMAS DE ANA BEATRIZ NASCIMENTO

memórias


o cheiro gostoso desse lugar tem lembranças 
que ficaram marcadas na alma.

feira


podem até existir outros lugares lindos, mas
maravilhoso mesmo é minha feira.

esperança

pertencer, resistir, inovar, sem valorização é ter
esperança da evolução do futuro.

Primeiros feiremas de autores diversos

princesa

chegas na “fêra” e se sente abraçada

cidade mãe que acolhe diFEIRENSEada

- Filipe Correia

pertencimento

o cordão umbilical anelar indica o lugar

vivido à margem d’feira eterna

- Juan Glavemburgo

trans(loucar-se)

 

do Piemonte ao portal do ser-tão, em

sonhos, amor, busca, destino, paixão

- Denyse de Almeida

aguaceiro

aguaceiro veio com o estalo do trovão

esverdear novamente o meu sertão

- Antônio Patrick

nublado

 

meu corpo encharcado da falta de alguém

o coração aquecido se mantém

- Tatiana Alves

umbigada

 

casa de sinhá Júlia homem toma umbigada

mulher quem manda na roda

- Paula Anias

morada

e foi nos versos soltos ao acaso

que na poesia encontrei morada

- Alice Moraes

nômade

quero ser alma livre que semeia versos 

para colher poesia do universo

- Karolzinha da Silva

Feirema: um poema diFeirenseado

ou se preferir, envie para revistageracaode20@gmail.com

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