Movimento poético-cultural se posiciona contra projeto de lei que equipara aborto após 22 semanas a homicídio, mesmo em casos de estupro. Para a Geração de 20, PL representa um retrocesso e uma violência contra as pessoas que gestam.

O Movimento poético-cultural divulgou uma nota oficial em que manifesta seu "veemente repúdio" ao Projeto de Lei 1904/24, que propõe alterações no Código Penal. O PL, em tramitação na Câmara dos Deputados, equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, inclusive em casos de gravidez resultante de estupro.
Em nota, a Geração de 20 afirma que o projeto "representa um grave retrocesso aos direitos das meninas, mulheres e pessoas que gestam, conquistados com árdua luta ao longo de décadas". O movimento poético defende que "criminalizar o aborto, em qualquer circunstância, é negar a essas pessoas o direito à autonomia sobre seus próprios corpos e suas vidas".
O PL 1904/24 tem gerado forte oposição de diversos setores da sociedade civil. Para a Geração de 20, o projeto "ignora a complexidade das situações que levam essas pessoas a buscarem o aborto, especialmente em casos de violência sexual". A nota do movimento destaca ainda que "equiparar o aborto ao homicídio é uma violência simbólica que culpabiliza e pune, aprofundando o sofrimento daquelas pessoas que já são vítimas".
A Geração de 20, que acredita no papel transformador da poesia, se posiciona firmemente em defesa da vida em sua plenitude, o que, segundo o movimento, "inclui o direito das meninas, mulheres e pessoas que gestam à saúde, à dignidade e à liberdade de escolha".
A Geração de 20 conclama a sociedade a se unir contra o PL 1904/24. "Conclamamos a sociedade, artistas, intelectuais e todos os cidadãos a se unirem contra este projeto de lei. É preciso defender os direitos dessas pessoas, garantir o acesso à saúde e construir uma sociedade mais justa e igualitária", finaliza a nota, assinada pelo Movimento Poético Geração de 20.