top of page

Quando o Poema Atravessa o Peito: Gustavo Anjos estreia coluna de poesia brasileira contemporânea na Geração de 20

  • Foto do escritor: Dee Mercês
    Dee Mercês
  • 10 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 13 de jan.

Poeta, performer e antologista, Gustavo Anjos traz a força e a diversidade da poesia brasileira para sua coluna semanal na Geração de 20. Confira três poemas do autor!


Quando o Poema Atravessa o Peito: Gustavo Anjos estreia coluna de poesia brasileira contemporânea na Geração de 20

A Geração de 20 tem a honra de apresentar a coluna Quando o Poema Atravessa o Peito, um mergulho profundo na poesia brasileira contemporânea. A coluna, que estreia em abril de 2024, será assinada por Gustavo Anjos, poeta, performer, contista e antologista baiano. Graduando em Letras com ênfase em Língua Portuguesa e Literatura pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Gustavo Anjos já se destaca no cenário literário com participações em diversas antologias e com os livros "Mergulhando nos Poemas" (2021) e "No Combate" (2023). Ele também é membro imortal da Academia Interamericana de Escritores (AINTE), ocupando a cadeira 17, que homenageia Álvares de Azevedo.


Com curadoria do próprio Gustavo Anjos e edição de Dee Mercês, a coluna "Quando o Poema Atravessa o Peito" tem periodicidade semanal e apresentará poetas em ascensão ou com trajetórias já estabelecidas, tanto da Bahia quanto de todo o Brasil.


Para inaugurar a coluna, Gustavo Anjos compartilha três de seus poemas, que revelam a sensibilidade e a força de sua escrita:


Quando o Poema Atravessa o Peito: três poemas do colunista Gustavo Anjos


Mais uma vez...


Mais uma vez o meu corpo volta a tremular,

o cansaço já não dá mais para disfarçar.

Mais uma vez o meu coração volta a disparar,

mais uma vez pensamentos negativos voltam a me atormentar.

Mais uma vez sinto a minha respiração ofegante,

mais uma vez sinto o grito sufocante,

mais uma vez sinto a minha alma agoniante.


O meu mundo cinza do passado está sendo retomado.

Sei que não tenho culpa,

mas mesmo assim me sinto culpado.

É, depressão! Já perdi as contas de quantas vezes tu tentou me colocar no chão.


Tem horas que me pergunto:

Por que tanta perseguição?

Seria bom se tu fosse embora como as pessoas dizem, fazendo apenas uma oração.


Tantos anos que tu habita aqui,

já implorei para tu ir embora,

mas tu não quer ir.

Espero que um dia você se canse de mim igual eu me cansei de ti.


Bicha


Vai, coloca o meu nome

na roda.

Me chama de bicha,

mas por favor

me chama

de bicha foda.


Terra


Abro

a minha

terra

Deixo

entrar

o teu

fruto

o fruto plantado


 

A coluna Quando o Poema Atravessa o Peito é um convite para sentir a poesia brasileira em sua pluralidade de vozes e temáticas. Não perca, toda semana, aqui na Geração de 20!



bottom of page